segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cesar Brod era coordenador de Inovação Tecnológica do Ministério do Planejamento e se exonerou após receber a ordem de cortar o ponto de grevistas

Coordenador de Inovação Tecnológica do Ministério do Planejamento no governo Dilma Roussef desde setembro de 2011, o empresário Cesar Augusto de Azambuja Brod, 48 anos, entregou o cargo no último dia 2. Sua atitude não teria passado de mais uma exoneração de servidor público descontente não tivesse sido motivada pela ordem de cortar o ponto dos 12 servidores federais em greve sob sua coordenação. Além de contrariar a ordem superior, divulgou uma carta em que acusa o Partido dos Trabalhadores (PT) de assumir postura patronal na negociação com os sindicatos.
Em entrevista exclusiva ao Terra por telefone de Brasília, o gaúcho afirmou que a decisão de se desligar respeitou a educação que a mãe professora lhe deu e que gostaria que esta atitude fosse entendida como uma mensagem de apoio aos docentes, em greve há 3 meses. "Aprendi com ela que a gente vem ao mundo sempre para aprender", disse. Ele reafirmou o repúdio à política de endurecer na negociação com as categorias em greve. "O PT está funcionando como um patrão das antigas."
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores federais aumentaram em agosto. Ao menos 25 categorias estão em greve. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil trabalhadores parados. O número é contestado pelo governo.
O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional com os gastos para 2013.
[fonte: Alexandre Senhori. Técnico de Informática - PR/PB]

Confira abaixo a entrevista que Brod concedeu ao Terra.
Terra - Como foi a exoneração?
Cesar Augusto de Azambuja Brod -
As coordenações receberam a ordem de cortar o ponto dos seus funcionários em greve. Foi algo que veio direto de cima, sem discussão interna. Como sou de um cargo de confiança do governo, fiquei em uma posição muito delicada. Receber uma determinação que vai contra os meus princípios não me deixou confortável. Pensei que se eu aceitasse a decisão de cortar o ponto agora, o que teria de aceitar depois? Não me imaginei naquele momento seguindo no cargo. Esperava uma negociação mais evoluída do governo com os sindicatos.
Terra - E como está sendo a negociação?
Brod -
Querem vencer os grevistas no cansaço, sem ver o funcionalismo federal como instrumento da mudança social que querem implementar. O PT, nesta posição que se coloca em relação aos grevistas, parece que aprendeu muito mais o que os patrões faziam quando estavam em greve do que em trazer o social para o governo. Me parece que esqueceu uma questão, a do papel do funcionalismo como uma forma de preservação de políticas de Estado. O PT está funcionando como um patrão das antigas, preocupado em dizer "o País é meu, dominei o jogo e o funcionalismo é só um acessório".
Terra - O senhor recebeu mais apoio ou críticas?
Brod -
Muito mais apoio do que críticas. Tinha um conhecimento muito bom da equipe com a qual eu trabalhava. Quando vi que meu nome apareceu no Terra e em outros meios fiquei surpreso, não imaginava que a decisão teria de tanto impacto. Recebi muitos e-mails, não só do Rio Grande do Sul como do País inteiro. Só meu diretor disse que deveria ter conversado com ele antes (de pedir a exoneração). Eu sabia que era uma decisão radical e pesada, mas que eu tinha que tomar daquele jeito se quisesse causar algum impacto positivo.
Terra - O senhor é filiado ao PT?
Brod -
Nunca fui filiado, mas sempre fui simpatizante. Minha nomeação, apesar de ser um cargo de confiança, foi técnica. Sou militante de esquerda, mas não necessariamente ligado ao partido.
Terra - O que o senhor vai fazer agora?
Brod -
Eu estava em um emprego dos sonhos. Trabalhava em software livre, com políticas públicas. Mas nunca trabalharia com o que vai contra meus princípios. Vou voltar para minha casa em Lajeado para descansar a cabeça no travesseiro e ficar com a família. Talvez retomar minha empresa de consultoria, atrás de algum projeto, mas preciso retomar a vida profissional porque não fiz um pé de meia.
Terra - Qual é a sensação que fica da experiência no governo?
Brod -
Saio do governo um pouco decepcionado. O governo de um partido que surgiu das bases, da ação social, se distancia disso na relação com seus próprios funcionários.
Terra - O senhor tem alguma simpatia por alguma categoria em greve específica?
Brod -
Olha, depois que eu saí pensei no que aconteceu e se eu tiver que apoiar uma categoria sempre vai ser a dos professores. Minha mãe foi professora em Guarulhos, funcionária pública e aprendi com ela que a gente vem ao mundo para aprender. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O PT já começa a usar a mídia a seu favor. Favor responder com a verdade: 6 anos sem reajuste é valorização?

Jilmar Tatto (PT-SP): "nunca antes neste país os servidores públicos foram tão valorizados"

Pois vamos às respostas, diretas e indiretas à esse "Sr."
Mas antes breve histórico, se eu estiver enganado me corrijam, por favor:
- Deputado federal por SP desde 1998, primeiro a negar a participação de seu "partido" no mensalão, na tribuna da Câmara.
- Irmão do Vereador por SP Arselino Roque Tatto (concorre esse ano? Descubram por favor!)
- Irmão do Dep Estadual por SP Ênio Tatto
Ou seja, a FAMÍLIA toda de políticos a desvalorizar os servidores, até que se prove o contrário!
PORTANTO:
- Como se comunicar c/ a criatura:
- Twitter:
- Fale com o deputado" na CÂmara:
Site da "figura":
Vamos lá povo! Emails e "redes sociais nele", principalmente com relação ao mensalão!
Se alguém estiver com um tempinho levantem os emails e etc dos irmãos...
E a família ainda se diz de esquerda? Só se forem todos canhotos! Bando de traíras, não só dos trabalhadores como do País.
Se política é coisa de família para eles vamos lembrá-los de que nós e nossas famílias somos eleitores!

>>> "Marco Antônio Dourado" <dourado@prpr.mpf.gov.br> 9/8/2012 20:03 >>>
http://oglobo.globo.com/economia/tatto-nunca-antes-neste-pais-os-servidores-foram-tao-valorizados-5742158

sexta-feira, 27 de julho de 2012


Valor pode chegar a R$ 69 bilhões de reais por ano

fonte: JusBrasil.com.br
Um estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) revelou osprejuízos econômicos e sociais que a corrupção causa ao País. O valor chega a R$ 69 bilhões de reais por ano.


Leia mais: http://combateacorrupcao.webnode.com/

Procuradores da República reforçam a urgência de solução justa para questão dos subsídios
26.07.2012
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público reiterar o descontentamento da carreira com a defasagem salarial – que já atingiu cerca de 30% - e com a ausência de propostas que busquem sanar a questão. Desde o ano passado, os procuradores da República esperam do Legislativo e do Executivo, em vão, uma saída justa para a revisão de seus subsídios.
Mais uma vez, a ANPR salienta que a classe não almeja aumento salarial: as reivindicações limitam-se à recomposição das perdas decorrentes do processo inflacionário. Nos últimos meses, a categoria procurou, incessantemente, dialogar com os Poderes para obter uma solução equilibrada, e recebeu inúmeras declarações contrárias à necessária e urgente revisão salarial, inclusive com justificativas falsas de que ela prejudicaria investimentos em áreas sociais, como educação e saúde.
Países com Estado de Direito Democrático necessitam de um Ministério Público forte e reconhecido, para atuar com firmeza na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis - responsabilidades ditadas pela Constituição Federal. A diminuição gradativa do poder aquisitivo das magistraturas do Ministério Público e do Judiciário constitui indiscutível estratégia de esvaziamento de seus quadros e desestímulo à sua atuação cotidiana.
A classe está no limite. Seu sacrifício excede qualquer dignidade remuneratória: o nível de corrosão dos subsídios da categoria está em vias de atingir grau inexequível de recomposição. Os procuradores da República possuem salários cuja austeridade não se compara à generosidade remuneratória nos estados.
É preciso que as instâncias decisórias, sejam elas do Executivo, Legislativo ou Judiciário, entendam que a irredutibilidade de vencimentos - inerente à carreira do Ministério Público como garantia da magistratura - deve ser considerada como real e não nominal, sob pena de os demais Poderes golpearem as magistraturas do Ministério Público e do Judiciário simplesmente expondo seus subsídios a corrosão inflacionária, como está fazendo o atual governo.
Promover o sucateamento de instituições que trabalham no enfrentamento da corrupção e no combate ao desvio de dinheiro público é patrocinar, indiretamente, as diversas formas de dilapidar a nação brasileira. É tempo de o Executivo parar de tergiversar e apresentar, finalmente, uma proposta que lhe restitua a seriedade.
Os procuradores da República exigem uma solução digna e urgente para esta questão.

Brasília, 26 de julho de 2012

Alexandre Camanho de Assis
Procurador Regional da República
Presidente da ANPR

Procurador da República recomenda anulação da licitação para implantação do projeto "Piauí Digital"

O Ministério Público Federal está investigando supostas irregularidades no procedimento licitatório realizado para a implantação do projeto.

GIL SOBREIRA, DO GP1
Atualizada em 16/07/2012 - 08h09
Imagem: ReproduçãoAlexandre Assunção e Silva(Imagem:Reprodução)Alexandre Assunção e Silva
O procurador da República, Alexandre Assunção e Silva, enviou, em 28 de junho, recomendação ao Secretário de Estado da Administração, Paulo Ivan da Silva Santos para que anule a licitação n°04/2011 que tinha como objeto a implantação do projeto Piauí Digital e realize novo pregão eletrônico republicando o aviso de licitação em jornal de grande circulação nacional.

Também foi enviada recomendação ao coordenador geral de recursos logísticos do Ministério da Ciência e Tecnologia, Humberto Luciano Scholoegl para não repassar o valor do convênio n° 00100/2010 “até quando a Secretaria de Administração do Estado comprove a realização de novo pregão eletrônico, com divulgação do aviso de licitação em jornal de grande circulação nacional”.

O Ministério Público Federal está investigando supostas irregularidades no procedimento licitatório realizado para a implantação do projeto “Piauí Digital”.

Consta na investigação indícios que duas das empresas consultadas na pesquisa de mercado pela Secretaria da Administração do Estado, H.Tell Telecom Soluções em TI Ltda e Globaltask Tecnologia e Gestão pertencem a mesma pessoa, Rdson Luis Ribeiro da Silva. 

Segundo apurou o Inquérito Civil Público nº 1.27.000.002526/2011-96 a publicidade do aviso de licitação ocorreu em jornal de grande circulação local, em desacordo ao art.17, inciso III, alínea c, do Decreto n°5.450/2005. A a empresa H.Tell Telecom Solucoes em ti Ltda arrematou, em Pregão Eletrônico de apenas 30 minutos, o lote 1 da licitação no valor de R$ 29.990.000,00 sem efetiva concorrência das demais empresas participantes e reduziu o valor da proposta para R$ 29.400.000,00 apenas em razão de solicitação da pregoeira.

Para o MPF há indícios de superfaturamento da proposta de preços.

O procurador requisitou informações sobre as providências adotadas no sentido de cumprir a recomendação.
Keywords: piauí digital